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Especialistas da COOTES realizam cirurgia inédita de autoenxerto congelado pelo SUS 01/03/2019

Especialistas da COOTES realizam cirurgia inédita de autoenxerto congelado pelo SUS

Uma equipe de cooperados da COOTES – formada pelos especialistas Dr. Gustavo Drumond, Dr. Bernardo Garcia Barroso, Dr. Márcio Vieira Sanches, Dra. Giovanna Damm, Dr. Robson Boni e Dr. Marconi Gama -, realizou no final de fevereiro a primeira cirurgia de autoenxerto congelado pelo sistema SUS, em um hospital do Espírito Santo. A cirurgia, que aconteceu no Hospital Estadual Nossa Senhora da Glória (HEINSG), em Vitória, ocorreu em um paciente de oito anos de idade para tratar de uma neoplasia maligna da tíbia (Sarcoma de Ewing).

Esta técnica, ainda pouco usada no Brasil, foi desenvolvida no Japão, onde é aplicada como rotina há 13 anos. De acordo com o médico cooperado Dr. Gustavo Drumond, esse tipo de cirurgia é destinada a alguns pacientes com tumores ósseos malignos e sua mecânica acontece em fases distintas.

“Primeiramente retiramos todo o seguimento (osso e as partes moles ao redor dele) acometido pelo tumor. Em seguida, raspamos o seguimento ósseo por dentro e por fora até que fique livre de tumor visível ou tumor macroscópico. Partimos então para a próxima fase em que o osso limpo é mergulhado em um tanque com nitrogênio líquido a uma temperatura de -193°C, onde permanece por 20 minutos. Esse tempo é suficiente para congelar a peça e destruir todas as células presentes, sejam elas tumorais ou não. Na fase seguinte retiramos o osso do nitrogênio e o deixamos por 15 minutos em temperatura ambiente. Em seguida, mais 15 minutos mergulhado em água destilada, também em temperatura ambiente. Após todo este preparatório, a última fase é a reconstrução, em que o osso é reimplantado no paciente e fixado por placas e parafusos”, explica Drumond.

O tratamento convencional do câncer ósseo geralmente inclui sessões de quimioterapia e a realização de cirurgia para remoção do osso doente. Depois, no lugar, o paciente recebe uma prótese metálica ou um osso de doador, proveniente de um banco de ossos. O mais comum é usar próteses, porque há poucos bancos de ossos no país.

A grande vantagem dessa técnica, ressalta Dr. Gustavo Drumond, é que o encaixe fica perfeito por utilizar o mesmo osso retirado do local. Além disso, o custo é 1/3 mais barato que a utilização de endopreteses, ou seja, próteses não convencionais usualmente utilizadas em pacientes com câncer ósseo.

“Neste caso, em especial, não havia possibilidade de utilizarmos endoprotese, uma vez que o paciente era muito pequeno e não teríamos prótese sob medida. Esse paciente provavelmente seria submetido a uma amputação na altura da coxa, por não haver, no SUS do Espírito Santo, outra solução disponível para a reconstrução da perna”, finalizou Dr. Gustavo Drumond.

Para o presidente da COOTES Dr. Tercelino Hautequestt Neto “essa e outras importantes técnicas cirúrgicas têm sido desenvolvidas com brilhantismo pela nossa equipe de cooperados, demonstrando a qualidade do serviço oferecido pela cooperativa à população capixaba nos hospitais públicos em que atua”.

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