Cooperativa dos Ortopedistas e Traumatologistas do Estado do Espírito Santo - Cooperativa dos Ortopedistas e Traumatologistas do Estado do Espírito Santo

COOTES, Sesa e outras cooperativas fazem alinhamento de combate ao coronavírus

A diretoria COOTES, representada pelo presidente Hélio Barroso dos Reis e pelo secretário Leandro Cunha Júnior, a tesoureira Andréa Lucia L. Santos, juntamente com os representantes das demais cooperativas médicas do Espírito Santo, esteve na manhã desta sexta-feira (20) em reunião com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, para alinhamento de informações sobre as iniciativas do Estado no enfrentamento ao Covid-19 (novo coronavírus).

Na reunião, foram discutidas as portarias, bem como as iniciativas de organização momentânea da rede para atendimentos de saúde durante a epidemia. “O secretário de Saúde dissertou sobre a abrangência da crise tanto no aspecto humano quanto econômico. Ele pontuou que a letalidade é baixa, mas a morbidade é grande. Ressaltou também que o uso do medicamento cloroquina não está totalmente comprovado e que a melhor prevenção é o isolamento radical, principalmente dos idosos”, disse Leandro Cunha Júnior.

Também foi informado que os hospitais de referência para o tratamento do novo coronavirus no estado serão os hospitais estaduais Jayme dos Santos Neves, na Serra, Silvio Avidos, em Colatina, e o Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus. O Hospital Estadual Dr. Dório Silva, na Serra, será adequado para o enfrentamento dessa crise. Nele, serão criados mais 60 leitos de isolamento e 15 de semi UTI. O Hospital Estadual de Vila Velha (HESVV) funcionará apenas como retaguarda para pacientes de tratamento clínico, ou seja, de menor gravidade.

O secretário de Saúde também frisou que o momento é de mobilização de todos os profissionais de saúde, principalmente dos ortopedistas que, devido ao seu grande número, reforçarão consideravelmente a rede.

Nesse contexto, o presidente da COOTES lembrou sobre a diferença dos ambulatórios de trauma e de ortopedia, uma vez que os pacientes em pós-operatório precisam ser acompanhados de perto, e sugeriu um mapeamento dos hospitais que continuarão a atender a esse tipo de demanda, a fim de realocar os especialistas. Outra sugestão muito apreciada pelo secretário de Saúde foi a descentralização de pacientes com traumas dos hospitais da capital – para diminuir a sua sobrecarga – direcionando-os aos hospitais do interior, como São José do Calçado e Baixo Guandu.

Além disso, Hélio Barroso dos Reis sugeriu reformas de adequação do Hospital Jesus Menino e arrendamento da Clínica dos Acidentados, ambos em Vitória, a fim de aumentar o suporte à rede. “Tenho certeza que venceremos essa batalha, que demandará trabalho árduo de todos nós. Mas para isso, precisamos pensar estrategicamente. Isso requer uma comunicação aberta e eficiente entre as cooperativas médicas, os gestores dos hospitais e o estado”, disse.

Maior investimento em proteção
Medidas protetivas para os profissionais da saúde também foram abordadas. O presidente da Cooperativa dos Cirurgiões Gerais do Estado do Espírito Santo (Cooperciges), José Alberto da Motta Correia, solicitou aumento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e colocou os seus cooperados à disposição para a área clínica.

O representante da Cooperativa dos Neurocirurgiões do Estado do Espírito Santo (Coopneuro) também solicitou mais equipamentos de proteção e melhor interação entre os diretores técnicos e corpo clínico, a fim de elaborarem uma escala emergencial que proteja profissionais com maior risco. O representante da Cooperativa dos Cirurgiões Plásticos do Espírito Santo (Cooplastes) lembrou que ocorrerão atestados compulsórios e afastamento de pelo menos 15 dias para os cooperados que tiverem sintomas do novo coronavirus. Assim, solicitou uma flexibilização das exigências contratuais com relação ao remanejamento, uma vez que a cooperação é uma via de mão dupla.

As principais metas estipuladas pelo governo
• Diminuir, o máximo possível, o número de casos efetivos;
• Diminuir a letalidade dos casos;
• Aumentar a proteção dos profissionais de saúde, principalmente nas unidades intensivas, para que tenha o mínimo contágio possível.